Especial, leão de coração grande.
Casados à menos de um mês;
felicidade curta para tanta aguarda.
Lembro-me a cada segundo
da agonia naquele momento
e não há palavras que descrevam
e não há cego que veja
o que senti bem aqui dentro.
A íris dos teus olhos desapareceu,
como que já soubesse o seu destino
e eu de lado revirei tanto meus olhos,
que pouco faltava para te olhar de frente
– Queria tanto que a mim me atingisse
a bala que perfurou teu coração –
Desapareci a partir daí, eu juro!
As lágrimas percorreram-me
o corpo morto até ao chão
e o terreno infértil
alimentou-se do meu desespero.
No dia do teu enterro,
vi claramente como nunca
os nossos dias de felicidade,
sentia na pele a nossa época,
no ouvido a tua sonoridade
e no pensamento o inexplicável.
Carregara de preto o teu caixão
e nele me apetecia ficar,
rodeada de nosso amor.
Agora passo dias e noites a pé
e não me queixo por ti amor.
A minha única luz
passou a ser a de uma vela
no canto do meu quarto.
terça-feira, maio 03, 2005
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