Contemplo o belo gosto do quente
O calor que procuro em meus lábios
Quando os desejo esfriar
Contemplo o belo gosto pelo sil?ncio
Em que nem me consigo ouvir
Ou até mesmo fazer ouvir
Contemplo o belo gosto pela leveza
Que faz minha alma levitar
Quando a lua chama por mim
Enquanto os outros se enterram
Debatendo-se contra o que s?o
Contemplo o belo gosto de olhar
Um olhar atentamente
Sem cobiça ou intenç?o
Tentado alcançar constituiç?o
Do pouco que percebemos
Contemplo o belo gosto de escrever
Inundas palavras de prazer
Palavras ingénuas angelicais
Contemplo o belo gosto de pensar
Mais uma vez no pouco que percebemos
No muito que desconhecemos
Contemplo o belo gosto do movimento
Que antes nos puxa o belo gosto do pensamento
E nos faz sentir pesados
Sobre o finito ch?o que pisamos
E que nos faz sentir cansados
Quando muito nos movimentamos
Contemplo o belo gosto das notas musicais
Em que todas se juntam entre si
Com efeitos t?o variados
Bailando todas sem excepç?o
Fazendo a minha pobre alma turbilhar
Contemplo o belo gosto de fazer amor
De compreender o sil?ncio transbordante
De fazer perceber em sil?ncio
De dar e receber sem exig?ncias maiores
Contemplo o belo gosto de chorar
De puder lavar a alma
De mostrar a existente fragilidade
Sem vergonha ou timidez
Assumindo o quanto se é fraco
Contemplo o belo gosto da sensaç?o
Aquela que desconhecemos
Sendo mera sensaç?o
Ou aquela que nos faz sentir
Podendo frente a ela estar
Contemplo o belo gosto pelo sonho
De puder Ser, Fazer, Ter
Apenas fechando as portas do consciente
Contemplo o belo gosto de amar
Fortemente que nem le?o
Cegamente que nem toupeira
Passivamente que nem preguiça
Contemplo o belo gosto pelo gosto
Contemplo o belo gosto em redor
Contemplo o belo gosto no envolvente
Contemplo o belo gosto de viver
Contemplando sempre o belo gosto de ser eu
Única unicamente para mim
segunda-feira, dezembro 20, 2004
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