Nas ruas das pequenas aldeias
Vagueava a mais pura inoc?ncia
Movendo-se como o vento
T?o transparente a sua alma
Deixando no ar o seu perfume a rom?
Fazia beicinho para os gostos amargos
Lançava um belo sorriso
Ao arco-íris sem fim
Sentia-se livre no seu corpo t?o mortal
Sentia-se presa ? sua inoc?ncia angelical
Vestia-se de branco para puder brincar
Corria pelos mais belos campos
Contando a muitos os seus segredos
Gritando a todos a sua felicidade
Cheirando o doce perfume das flores
Admirando a beleza de cada uma
Defrontava a sua própria sombra
Qual das duas a mais veloz
Sorrindo sempre ? sua derrota
Sabia ler muitos olhos e coraç?es
Mais frios que o gelo gelado
E todos os dias adormecia
De uma forma t?o calmamente
N?o tento nada a que se culpar
Um dia rodopiava velozmente
Na montanha da sua felicidade
Velocidade t?o grande esta
Que no ch?o acabou parando
Surgiu ent?o algum sangue
Que o sol fez quest?o de secar
Pediu socorro a vales e montes
Nenhuma resposta obteve
E o vento triste começou a esfriar
Pois nada poderia fazer
Sentiu pela primeira vez a solid?o
T?o presente no seu apelo
Derramou lágrimas de tristeza
E algum tempo passou, ent?o
Chegou o momento de reabrir os olhos
E olhou para a sua ferida
E riu-se…
Riu-se da sua parvoíce
Riu-se de toda a solid?o desconhecida
Riu-se de toda a tristeza sentida
Fechou novamente os olhos
Apoiou as m?os pequenas no ch?o
E levantou todo o seu corpo
E pensou…
Sabendo eu o pouco que sei
De aqui estar t?o protegida
Sem avistar o meu irm?o, Homem
Que me ajudaria por interesse
Que é mau para o próximo
Que sabe mentir t?o bem
Que tem gosto pela vingança
Que é fraco na bondade
…
Hoje muito juntei ao meu pouco
O que é bom, digno, puro
N?o é t?o frágil o qu?o parece ser
Muita força possui no interior
Move mundos e fundos
Revelando o seu grande puder
Anestesia toda a dor existente
Dando-nos força para erguer
Dado-nos força para continuar
E finalmente acordei
O choro lavou minha vista
De todo o pesadelo encenado
Tentando apenas confundir a raz?o
Mas posso afirmar seguramente
No bem que me sinto ao saber
Que desvendei a verdade encoberta
E que conseguirei seguir meu caminho
Mesmo que volte a cair
Mesmo que volte a me magoar
E por fim saber que encontrei
O meu estimado e procurado lar
segunda-feira, dezembro 20, 2004
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