É imensa a estranheza
quando se reconhece que
nada é o que parece ser,
tornando-se uma surpresa
as mentiras do nosso ver.
O que é dito por muitas bocas
com sentido e sabor delicado,
muitas vezes são simples dizeres
unicamente para puro agrado.
E o que se vê tantas vezes
como verdadeiro e único
poderá ser mais uma ilusão
criada pelos próprios sentidos.
E é tão triste…
E é tão deprimente saber-se isto,
mas mais triste ainda é
o colocar d’uma eternal venda.
Somos uma câmara fotográfica
– Vemos o mundo como tal –
E são as supostas fotografias
que chamamos de real.
Somos subservientes do incompleto
e com ele nos completamos
pensamos que seja o certo
e com isso nos atraiçoamos.
As sensações são as chaves
das portas da nossa mente,
bem como as entraves que
nos enganam cegamente!
sábado, abril 30, 2005
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