A vida joga às escondidas comigo,
conhece todos meus esconderijos,
conhece-me melhor que eu mesma
e não me avisa de novos perigos.
Ela lê meus pensamentos,
fico sem saber onde me esconder
e em vez de me ajudar a ganhar
parece que me quer fazer perder.
Ataca-me não sei bem porque,
não sei o que ganhará com isso,
em pouca me ajuda a pobre,
com quem terá ela um compromisso?
E há qualquer coisa em mim
que aos poucos vai cessando,
talvez seja a paciência
que ela me anda limitando.
“Não há alma que aguente”.
Não há essência que não se perca.
Em vez de ser minha inimiga
podia ser minha mão direita.
E e este olhar não é o mesmo,
o sorriso então apagou-se,
a esperança anulou-se
e a rapariga que fui
já mais se identifica com
a rapariga que hoje sou.
E são as notas celestes que saem
duma guitarra longínqua
e entram singelas no ouvido
que pacificam a permanente queda de lágrimas.
domingo, maio 01, 2005
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