sábado, novembro 05, 2005

POESIA



Qual destino seria o teu,
ao viveres como muitos
desconhecedores da essência
que te mantém doce
nos eternos salgados sabores?

Que seria de ti amiga
– espero não estar a ser ousada –
se te retirassem todo
o sagrado que vês e sentes?

Que seria feito de ti sonhadora realista,
se o sol fosse roubado por piratas ,
a lua desaparecesse de desgosto,
os montes e vales morressem de saudade,
a água terminasse por sua vontade,
o vento fugisse a sete pés,
a terra parasse de tristeza,
e por fim a vida acabasse?

Em que caixinha pequenina
te refugirias agora, pequena?

Sentes a vulnerabilidade
a que poderias pertencer?

Onde guardarias essa visão,
merecedora de outro mundo
como abrigo?

Resumirias a quê,
essa tua sede de vida;
a chama ardente de viver?

Enquanto tal não acontece,
Vive minha querida!
Que viva quem o souber!
E continua complementando-nos.

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