sexta-feira, novembro 30, 2007



“Vou pensar sobre isso. Acho que vai dar entrada no meu blog algo de novo.”

E a partir destas palavras surgiu:

"Acordei apenas para descobrir o que fazer hoje"

. . .::: Hoje aparenta ser um dia difícil:::. . .
As janelas não parecem convidativas
e as portas juntaram-se cumplicemente
aprisionando-me nesta simpática fornalha.

Acordei com o peso na consciência de não acordar.
(Será possível?)
Acordei agendando coisas sobre coisas
sem vontade alguma de as concretizar.
Hum!

Acordei ressacadamente de tanto dormir!
Ou para que possa desistir de me querer levantar,
e volte a virar costas à má cara que o mundo me fez logo pela manhã.

Querendo estar em todo o lado menos aqui
em todo o lado menos o que os meus olhos alcançam
Permaneço inválido sobre o lume que ateie.
… Acordei sem plano de vida …
Sem rumo, sem estrada e sem veículo.
Sem querer ganhar o meu sustento
Nem o sustento de todas as coisas que me sustentam.
Acordei e sinto-me estranho.

Acordei sem saber quem sou…
Há Um estranho deitado sobre as minhas mantas.
- Reflecte -

sábado, novembro 10, 2007

Quando formos mais velhos

sem intenção interromperei meu compasso de passo e

deixarei-me contemplar as vãs imagens

tão preciosamente emolduradas por todo o lar

retidas no esquecimento de cada um dos seus quatro cantos da sua existência.

Lembrar-me-ei de ti, então.


Sem muito para te perguntar

Convidar-te-ei para vires a minha casa

tomar uma xícara de meditação sem ruídos.

(…)


Sentar-nos-emos um pouco ao som da lembrança

e falar-nos-emos mais um pouco

como se fossemos aliados ou dois estranhos

com um único interesse em comum:

- conhecermo-nos ao fim de tantos tempos –