sábado, julho 20, 2013

Sem título

Somos tão jovens
tão cheios de vida
eloquentes perdidos
de sorrisos mendigos.

Embebidos em fantasia
no prazer da estupidez
o triunfo da languidez
o erro em demasia.

Despidos de preocupações
Mas com medo de perder. De vencer.
Sendo livres, selvagens e
amigos para dar e vender.

Amores sufocantes
Paixões flamejantes
Esburacados corações.
Serões ao som de violões.

Amar descartadamente
de aparências frequentemente
um vazio consequente
O corpo fora da mente.

Somos tão jovens.

quarta-feira, junho 26, 2013

Sem título



A ti desselo o meu corpo
Como alvo de brincadeira
Trabalha em mim a arte crua
Não há festa, sem festeira!

As carnes abrasadas de prazer
Na acção do que tem de ser
Não há como saciar a fome.. sem ter de comer!

Instiga a loucura da minha mente
Sem questionar qualquer paixão
Sou livre no momento
Não estou presa a ninguém.

E eu,
Preciso de fôlego, preciso de ar!
E eu,
Quero mais, quero mais dominar.

domingo, junho 09, 2013

If I die ... I will be


If I die
I will be one last breath
I will be a last prayer
Asking my all life
I will be a distant dream

If I die
I will be someone other than me
A loss in someone's heart
Thousand tears in your eyes
A pallor on your lips

If I die
I will not embrace the old age
I will not be one shoulder to mourn
I will be a poem without end.

quinta-feira, março 07, 2013

Pintar todas as Vénus



Vejo-as como deusas,

como inspirações longínquas

daquilo que quero encontrar.

 

Um reflexo límpido da pureza em minhas mãos.

Espelho da perfeição que todas elas serão.

Venero-as e torno-as como minha ambição.

 

Tenho em mim as loucuras de um homem

com desejos que eu próprio confesso estranhar.

Um êxtase moribundo de todas querer congelar.

 

Pedaço a pedaço pelo meu traço

colecto a carne que não me pertence,

o olhar suave que encobre o ser denso. 

 

Na superfície da tela

recrio pigmento a pigmento

todo o poder, magia e beleza

de qualquer presença intensa. 

 

Pinto-as a primor.

Não lhes roubando nada, se não a doce essência.

Mas é sem intenção que as consumo na plenidão.

As sugo e deixo morrer na poltrona ou cadeirão.

quarta-feira, fevereiro 27, 2013

Paixão Negra




Em ti há algo profundo e perigoso.
Um abismo de amor sem fundo que
consome o Homem esperançoso.

Teu olhar negro e afiado como foice
corta a respiração e inflama a tentação                                              
do coração imaculado que aos bocados ceifas.

E há em ti um batimento cardíaco
cujo, não compreendo o compasso.
É algo macabro e formoso
que seduz o Homem, palhaço.

Teu sorriso maquiavélico não esconde
o acordo blasfémico que suporta a tua sorte.
Mas entre a corte o pobre vidente diz:
“ Nada mais te restará que a bizarra morte.”