sábado, maio 26, 2007

Knoc ... Knoc Knoc ... Knoc.


O homem de longe bate à porta:

Knoc Knoc …
Não se houve resposta…
O homem de longe bate novamente:
Knoc Knoc…
Ninguém responde…
(Estará alguém em casa?)
Está alguém em casa? – Perguntou sem retorno.
O homem de longe está velho e cansado.
Não tem amparo, não tem comida nem agasalho.
O homem de longe de tão longe que não se sabe o começo
está perdido na porta que conhece tão bem.
Onde parará? Ninguém sabe. Sei eu!
Acabará à porta da casa onde bate… Bateu!
Perderá as forças nos pulsos até ficar imóvel num todo.
(entre aquelas paredes não vive ninguém
e quem nelas viveu à muito desapareceu
em busca de quem tardava e nunca apareceu!)
O homem de longe vai cerrando os olhos
abandonando quem é porque nunca o quis ser
vai libertando a sua alma com o rodar de chaves que não se ouve.